Todos nós passamos pela experiência de perder um ente querido em algum momento da vida. A morte é inevitável para qualquer ser vivo. Por isso, é importante procurar formas eficazes que nos ajudem a enfrentar o processo de luto da maneira menos traumática possível.
Esse é um assunto desconfortável, muitas vezes evitamos falar nisso. Mesmo quando temos que enfrentar a morte diretamente, desejamos que seja um processo breve.
É difícil falar sobre esse assunto perto das crianças, temos a tendência de esconder e demorar a dar a notícia numa tentativa de mantê-las afastadas de tudo o que tenha a ver com a morte. Tudo isso acontece por diferentes motivos. Primeiro, quando o adulto não aceita ou não se adapta ao processo de luto, ele tenta evitar o sofrimento da criança e escolhe não contar.
Todos os especialistas em infância concordam com a importância de falar sobre a morte para as crianças desde bem pequenas, para facilitar a compreensão e melhorar o enfrentamento de situações futuras, ajudando-as a verem a morte como um processo natural. Antes de abordar o processo de luto de uma criança, é interessante ver como o conceito de morte é desenvolvido de acordo com o estágio evolutivo.
Elas não conhecem as palavras e nem o significado da morte.
Percebem as mudanças e sentem a ausência dos envolvidos.
Você não pode falar e explicar nesta fase, mas é importante manter os seus hábitos e rotinas exatamente como eram antes da perda.
Fase em que predomina o egocentrismo e o pensamento mágico. A criança entende que a morte é temporária e reversível, e a compara com um sono de onde se pode acordar e viver novamente.
A criança não consegue entender o conceito de universalidade da morte. Talvez pense na imortalidade dela ou dos seus pais (pensamento egocêntrico), ao mesmo tempo vê a morte como algo contagioso.
Entende tudo literalmente. Por isso é muito importante usar uma linguagem concreta, específica, clara e real, explicando que a morte se trata de algo que não se consegue reverter.
Elas conhecem o conceito de morte e percebem que é um fato universal e que vai acontecer com elas também.
5 conselhos sobre como falar da morte com os mais pequenos:
Não são aconselháveis expressões como: “não chore”, “não se preocupe”. Nós devemos deixar que expresse suas emoções, e nós, os adultos, não devemos esconder as nossas (mas não podemos perder o controle).
Em todo caso, não hesite em entrar em contato com um profissional que possa orientá-lo a lidar com o processo de luto de forma mais eficaz.
Apaixonada por psicologia, se dedica a pesquisar continuamente os assuntos mais atuais e variados relacionados a psicologia a fim partilhar artigos interessantes e confiáveis a todos que apreciam.