Necrofilia: Características, Causas e Tratamento

necrofilia

A necrofilia é um distúrbio sexual que causa grande rejeição na sociedade. Poucas pessoas conseguem entender como alguém pode ficar excitado pela presença de cadáveres.

Mas o que exatamente é esse transtorno? Quais são os seus sintomas?

A Necrofilia é um dos casos de paraphilias (experiências de intensa excitação sexual por objetos atípicos, fetiches, situações, etc) mais estudados. Os transtornos sexuais se dividem em três grandes categorias: as parafilias, as disfunções sexuais e os distúrbios de identidade sexual. A palavra parafilia tem sua origem no idioma grego: “para” significa “ao lado” e “filein” é sinônimo da palavra “amor”.

As parafilias são transtornos mentais caracterizados por intensa e repetidas fantasias e impulsos sexuais direcionados a crianças, objetos, situações emocionais como o sofrimento e a humilhação.

Alguns dos transtornos mais conhecidos são: exibicionismo, voyeurismo, fetichismo e pedofilia. De acordo com o Manual de Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), essas fantasias ou impulsos sexuais ocorrem durante um período significativo de tempo (pelo menos 6 meses) e interferem na satisfação sexual do indivíduo .

Características comportamentais da pessoa com parafilia

A parafilia é um distúrbio com duração de pelo menos seis meses. Dentre os sintomas, inclui-se um comportamento anormal de excitação, fantasia ou dor. Existem muitos tipos de parafilia em que o doente tem fantasias e desejo de manter relações com objetos ou pessoas sem o seu consentimento. A psicoterapia ajuda os pacientes a controlarem seu comportamento sexual anormal.

Necrofilia: um transtorno raro

Dentro das parafilias, a necrofilia junto com a pedofilia são os dois transtornos que causam maior rejeição social. Poucas pessoas conseguem imaginar alguém mantendo relações sexuais com um morto, mas ao longo da história alguns casos se tornaram conhecidos, como o famoso caso de Carl Tanzler que exumou o cadáver de uma ex-paciente para manter relações sexuais com o seu corpo.

Pessoas com necrofilia ficam excitadas com a ideia de ter relações sexuais com cadáveres ou até mesmo fazer jogos sexuais com a pessoa que já morreu, e a vida do indivíduo começa a girar em torno desses atos. Alguns pacientes com necrofilia conviveram com o corpo do cônjuge falecido, mantendo relações sexuais, já em outros casos o necrófilo pode manter relações sexuais com várias vítimas, como no caso de  Kenneth Douglas, um necrófilo de Hamilton County Ohio (EUA),  que teve relações sexuais com mais de 100 cadáveres de mulheres enquanto trabalhava como assistente no necrotério da cidade. Neste caso, o necrófilo foi capaz de direcionar a sua vida profissional para que pudesse satisfazer seus impulsos sexuais.

A necrofilia não gera apenas perdas sociais e pessoais, mas também legais, pois a profanação de sepulturas e a retenção de um corpo é ilegal na maioria dos países. Por isso, muitos necrófilos são presos e têm graves problemas com a lei.

Tratamento da necrofilia

São utilizadas diferentes técnicas no tratamento da necrofilia, mas a psicoterapia (individual e em grupo) é a pedra angular no tratamento desses pacientes.

Alguns remédios, tais como o acetato de medroxiprogesterona (nos USA) ou o acetato de ciproterona (na Europa) são usados no tratamento deste transtorno. O tratamento é de longo prazo, porque os padrões de excitação sexual desviantes podem voltar a ocorrer logo após o retorno dos níveis normais de testosterona. O uso de  fluoxetina ou fluvoxamina também pode ser útil nesses casos.

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