Quando devemos procurar um psicólogo?

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Quando devemos procurar um psicólogo? Como é o início do processo terapêutico? Quando se dá?
Essas perguntas são as que mais ouço entre os conhecidos, e a minha resposta principal é: talvez seja a hora de procurar um! Porque se estamos pensando sobre isso, se a curiosidade surge, é um sinal de que algo está acontecendo, de que provavelmente o momento certo chegou.





Pensamos que pelo simples fato de procurar um psicólogo já estamos muito evoluídos. Para alguns sim, ainda mais quando se sabe que há resistência. Porém, penso que todos nós precisamos de um psicólogo, por menor que pareçam os problemas… Aliás, esse é um dos pontos mais importantes do psicólogo: não se julga o problema do outro! Mas vamos raciocinar dessa forma: “dei o primeiro passo, procurei um psicólogo”. E aí vamos à consulta e várias coisas acontecem, mesmo além dos problemas que o levaram até o consultório. A maior dificuldade é quando se desiste ou “atropela” o processo por motivos não tão importantes, quando apenas há fuga do tratamento. Por exemplo, você está com problemas no seu relacionamento amoroso e decide ir a um psicólogo, mas tudo “volta ao normal” na relação e você decide que não precisa mais do tratamento. Ou então você precisa fazer algum tratamento estético, e pensa que deixar de ir a 1 consulta, só 1, do psicólogo não fará diferença. Pode até parecer exagerado, mas infelizmente é isso que acontece, dentre outros inúmeros motivos dados pelos pacientes para não prosseguir com o tratamento. Isso pode ocorrer por resistência (quando o paciente se depara com sentimentos e lembranças que não quer e de alguma forma são dolorosos), pela falta de cultura, instrução e conhecimento sobre a importância do tratamento, ou até mesmo por puro pré-conceito.





Como Psicóloga digo que o inicio do processo terapêutico é extremamente importante para o paciente e para mim também. É necessário que haja uma identificação, que seja criado um vínculo, o psicólogo precisa informar ao paciente como será o tratamento, acertar valores, fazer a anamnese. Meus pacientes dizem que já foram a psicólogos que eram pouco acolhedores, e abandonaram o tratamento por isso. A relação é profissional, não de amizade, mas principalmente no início, quando o paciente chega ao consultório, há inúmeros conflitos e pensamentos totalmente desorganizados. O psicólogo sendo frio, pouco acolhedor e pouco empático não fará esse paciente se sentir melhor, pelo contrário! Afinal, segundo Carl Jung: “conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
É incrível ver a evolução de um paciente, ver que ele chega muitas vezes com sintomas físicos e aos poucos vai se superando, se descobrindo. Porém, infelizmente só se supera e se descobre quem se permite a isso, quem continua o tratamento, quem dá o primeiro, o segundo, o terceiro passos, e assim por diante…

About the Author Samira Oliveira

Meu nome é Samira Oliveira. Sou Pedagoga e Psicóloga. Especialista em Psicopedagogia, Psicologia Educacional e Psicologia Positiva. Sou também autora de livros voltados para a educação e para a psicologia. O objetivo dos meus textos é trazer informação aos leitores, com uma linguagem de fácil compreensão.

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