O Negativismo Contemporâneo – 04 possíveis razões

 

São artigos em redes sociais, sites interativos e até programas de TV: o frequente compartilhamento de informações ruins, notícias e casos “que não deram certo”… parece que uma onda de negativismo invadiu a mente e o coração das pessoas em nosso tempo, a ponto de qualquer projeto apresentado, seja ele financeiro, profissional ou de relacionamento , esteja condenado ao fracasso.






Nesse cenário, o anúncio da tragédia alheia, da separação de um casal, do prejuízo de uma empresa, da morte, e tudo que é ruim serve como uma espécie de “paliativo” para os nossos sofrimentos, dores e frustrações: ao celebrar a desgraça alheia, reforçaríamos o nosso sucesso. Ledo engano. Eis os motivos:

    1. O êxtase causado no momento pela notícia recebida de que algo ruim ocorreu com um conhecido(a) nosso (a) (ou não…), apenas nos faz parar um pouco da nossa rotina de vida e sentir mais de perto como aquele ditado “A Roda Gira” é verdadeiro, como as coisas mudam, e como você naquele  momento está “acima”. Porém, nos esquecemos de que a roda gira para todos, não adianta se alegrar com as coisas dramáticas que acontecem com os outros e com o mundo: um dia foi com ele (a), o outro pode ser você.
    2. Então, porque será que mesmo assim há a celebração? seria o lado sombrio do ser humano despertado nestas situações de catástrofes alheias?? não sei ao certo, mas tenho minhas suspeitas. Acho que ta lá no campo das idealizações e não realizações.





  1. Nos tornamos adultos, nos formamos e começamos a trabalhar: ao exercer aquela função tão almejada. nos deparamos com salários abaixo de nossas expectativas, condições de trabalho complicadas, e por um momento são tantas frustrações que sentimos que “foram 05 anos perdidos naquela bendita universidade”, e os sentimentos às vezes deprimem. Mas a gente é adulto e precisa trabalhar, e trabalhar, e trabalhar, e a mente começa a acelerar, e pirar, e pensar, e imaginar, e imaginar… e aí a primeira decepção aparece.
  2. Depois conhecemos aquele cara legal e já imaginamos nossa vida com ele, num castelo, com filhos lindos e bem calminhos, tudo perfeito… até passarem-se dois, três anos e o relacionamento chega ao fim. Mais uma frustração para a coleção. Mais coisas para a nossa mente se ocupar, ocupar não: pirar, e imaginar, e pensar, e acelerar, e imaginar… e a segunda (de muitas que virão) decepção aparece….

É isso. Quando a gente não é feliz, não se aceita, não faz as coisas acontecerem e não toma decisões para mudar a própria vida, aí o telhado do vizinho torna-se mais atraente e bem mais fácil de se jogar pedras e se murchar as flores.

Não é saudável se apropriar do negativismo e do “nada vai dar certo, nem na minha vida, nem das outros!”. Com estas atitudes  vamos formando uma “corrente do mal” onde a gente se autossabota e quer levar os outros juntos nessa nossa piração do insucesso, ao invés de aceitar e trabalhar internamente as possíveis causas de nossos conflitos.

No palco da infelicidade e das frustrações, a tragédia e o fracasso alheios são espetáculos valorizados.

About the Author Iandra Milena

Formada em Letras Português pela Universidade de Pernambuco. Funcionária pública. Solteira, 28 anos, amo minha família, adoro pesquisar temas relacionados a saúde, comportamento, psicologia e tecnologia.

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