Vale a pena fazer tudo em busca da beleza?

Sabemos que o belo atrai, fascina e encanta. Que a beleza abre portas disso ninguém duvida.  E vamos ser sinceras: quem nunca parou pra admirar uma mulher verdadeiramente bonita? Se perguntarmos hoje qual o padrão de beleza considerado ideal para a mulher brasileira, diríamos que os atributos são basicamente: 1,70 cm de altura, 50 kg, cor branca, olhos azuis, cabelos preferencialmente lisos e loiros. Eu sei eu estou exagerando, não precisa ter cabelos loiros, olhos azuis e pele branca (descrevi a Grazzi Massafera, que é linda mesmo!!) mas, no mínimo, a altura e ser magra, sim. Então, poderíamos perguntar também: nós temos estes atributos? (não adianta querer aumentar centímetros na altura e diminuir no peso, esta pergunta é de você pra você mesma) quantas pessoas conhecemos que possuem exatamente estas características? Sinceramente falando, só me lembro de duas ou três com estes atributos. Eu mesma não tenho. Mas isso não é problema. Ao menos não deveria ser.





Então com tantos padrões a serem seguidos, a indústria cosmética só cresce, sendo também cada vez mais freqüente a busca das mulheres pela famosa “plástica”. Eu particularmente não vejo nenhum problema na pessoa querer se cuidar, ficar mais bonita e atraente. Eu sou vaidosa, gosto de sim de me arrumar, cuidar da saúde, da estética, se sentir amada e desejada. O problema maior disso é quando a busca pela beleza ultrapassa os limites da racionalidade e se torna uma ameaça a nossa própria saúde, e pior, a nossa própria vida.  Aqui já falo sobre as “vítimas” das exigências dos padrões atuais de beleza que a mídia quer impor a todo custo.

O que convido a refletir é que justamente esta busca por atingir o padrão considerado “ideal” está tornando muitas mulheres neuróticas, desconsiderando aspectos da própria genética no objetivo de alcançar o famoso número 36 da calça jeans. Acho pertinente lembrar que moramos em um país que possui uma riqueza de etnias, o que significa que não existe pureza em nosso sangue e de raças (ainda bem!) então é natural que as pessoas sejam diferentes na altura, no corpo, no tom da pele e cabelos. Mas isso não significa que outros padrões estéticos sejam feios e inaceitáveis, muito pelo contrário: já vi mulheres baixinhas lindas, gordinhas lindas, com cabelos lisos e/ou encaracolados, etc.





Penso que as pessoas antes de realizar uma cirurgia plástica e/ou outros procedimentos estéticos, deveriam se perguntar: eu realmente preciso desta mudança? existem outras opções que corrigiriam o problema sendo menos invasivas? a resposta sendo afirmativa para a escolha da cirurgia e do procedimento, ter o cuidado de escolher um bom profissional ético e responsável para a realização. Se cuidar é bom, mudar aquilo que não nos agrada tanto em nosso corpo também, mas devemos ter consciência que nem tudo poderá ser alterado, que a saúde é mais importante e é nosso pilar. Os padrões mudam conforme a época, mas nós, somos únicas.

About the Author Iandra Milena

Formada em Letras Português pela Universidade de Pernambuco. Funcionária pública. Solteira, 28 anos, amo minha família, adoro pesquisar temas relacionados a saúde, comportamento, psicologia e tecnologia.

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