A exclusão velada

Muito se fala sobre a importância da inclusão, mas quando fala-se em incluir é porque antes existe o seu oposto, a exclusão, instalada no nosso cotidiano devido a todo um  padrão de crenças.





Desde cedo somos ensinados a amar o belo, aquilo que nos é similar a algo que já existe, assim, padronizado culturalmente, nossa busca incessante pela perfeição nos faz escravos do ideário utópico daquilo que nem mesmo temos a oferecer.

Este breve artigo trata do olhar sobre tudo aquilo que desperte a não aceitação e o preconceito, não apenas uma condição de saúde, uma condição de ser, ser este, que não sente-se respeitado, amado e compreendido.

Então, passamos a estereotipar as pessoas, colocando sobre elas estigmas, relegamos ao outro apenas ao nosso olhar excludente, não o enxergamos para além da sua doença, para além de sua condição, pois mais fácil é particionar o outro sem tê-lo como ser integral, somos para além dos nossos defeitos, assim como os outros para além do nosso olhar limitante e preconceituoso.





Justificamos nosso postura utilizando as crenças, os escritos antigos, desfavorecendo nossa vivência como seres humanos, o olhar o outro como olhas a ti perde força, e como não sabemos lidar com o diferente passo a segregá-lo, como sempre foi na história e será até o momento pelo qual a forma como lido, sinto e ajo mudar, quando perceber que o outro é para a vida tão importante quanto eu mesmo e tão necessário para que entendamos a nós mesmos, pois tudo o que enxergo no outro e conceituo já existe ou existiu em mim mesmo. Justamente esta parte inaceitável em mim gera a segregação do outro a nível inconsciente, me reconheço nele.

Na maioria dos casos, infelizmente, a aceitação do outro só ocorre quando vivencio a mesma situação, ou tenho casos parecidos na família, a exclusão e o desrespeito doem em mim e então passo a sentir empatia por outra pessoa quando aquela for a minha realidade também.
Este artigo é um convite a olhares além das aparências e principalmente a olhares fundo, dentro dos olhos da tua alma, tão monstruosa quanto aquilo que julgas diferente e excluis no outro, reflexo teu.

About the Author Patricia Janaina Hornburg

Psicóloga de formação e professora por vocação, taurina, um tanto teimosa, escreve para aliviar a alma das dores do mundo. Extremamente encantada pelo mundo e pelas pessoas. Têm aprendido muito com as crianças e acredita que o essencial é invisível aos olhos. www.patriciahornburg.com.br https://www.facebook.com/Patrícia-Hornburg-728427063953961

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