Como e porque sair da zona de conforto

Todos temos a nossa chamada “Zona de Conforto”, mas pensando nas diferentes perspectivas de observação, encontraremos diversos aspectos da vida de cada um, ou seja, serão de fato diversas zonas de conforto. Zonas de conforto em diferentes aspectos humanos – familiar, trabalho, estudo, relacionamento, etc.





Estar numa Zona de conforto não deve ser identificado como algo necessariamente bom. O “conforto” diz respeito ao que estou acostumado. Pensamentos e comportamentos, ações das quais estamos acostumados a ter e que não nos causam nenhum desconforto, medo, angústia ou ansiedade – uma região onde nenhum de nós se sente ameaçado.

Na zona de conforto, as pessoas realizam sempre um determinado tipo de comportamento que lhe dá um desempenho constante, porém limitado e com uma sensação de segurança. Essa segurança é uma falsa segurança, uma vez que, quando ocorre uma grande mudança, quem está muito confortável leva um choque maior, e estará menos preparado para sobreviver do que os outros.

Desta forma, entendemos que todos necessitamos saber operar fora de nossa zona de conforto para realizar avanços, melhorar nosso desempenho nos diferentes aspectos da vida que queremos viver. Entretanto SAIR da ZONA DE CONFORTO pressupõe por si só uma mudança brusca, e isso na maioria das vezes se constitui um problema ou no mínimo uma dificuldade.





A dificuldade em si não está na MUDANÇA, mas sim no BRUSCA, claro. Mas não é incomum que uma mudança radical e imediata possa provocar-nos tantas reações que somos obrigados a retroceder. A tendência da reação à mudança brusca é a de voltarmos a operar como antigamente. Será difícil e requer prudência, avaliação, cautela e estratégia.

Para cada aspecto da vida, as estratégias serão variadas, assim como para cada pessoa. Essas estratégias devem tomar aspectos personalizados, de acordo com a energia para investimento (até libidinal) que cada um dispõe.

Quando forçamos além de nossa capacidade, quando é de fato muito difícil (e toda saída de uma zona de conforto será), precisamos entender a mudança como necessariamente sistemática, gradual. Pensemos em reeducação alimentar, por exemplo, quando conseguimos resultados rápidos, bruscos, nossas chances de retorno ao “modus operandi” de antes é uma evidência comprovada. Uma exagerada rapidez na implantação de novas ideias e comportamentos correspondem à rapidez na desestruturação e perda de significado delas também.





Como dito, a saída da zona de conforto é necessária para evoluirmos, para melhorarmos em nosso trabalho, relacionamento, estudo, enfim em nossa vida! E isso será “naturalmente brusco” porque vai de encontro àquilo que eu conheço – minhas crenças limitantes e minha incapacidade de ver que posso construir novas formas de ser e fazer, sobretudo porque esse construir pressupõe um desconstruir-se. Como não temer a isso?!

Será necessário um sistema, em outras palavras, será indispensável fazer a mudança de forma sistematizada. Promover a mudança com demasiada prudência (tanta prudência quando nos for permitido, pois há catástrofes, por exemplo, que nos roubam essa possibilidade), carinho e amor próprio. Saber perdoar-se, desenvolver e compreender qual será o seu melhor sistema, seu tempo, achar seu ritmo e caminho para a mudança. Trilhar esse caminho de forma firme e constante será mais importante e menos sofrido, mas acima de tudo trará menos chances de ceder às também constantes forças de manutenção do “Status quo” de cada um.

Faça seu plano. Comece a agir preparando o terreno para a grande mudança! Encontre seu ritmo, sua passada constante valerá mais do que um “sprint” final.

About the Author Aless Oliveira

Alessander Pires Oliveira - Formação e vocação em Ciências da Computação, também apaixonado por psicanálise, tocar guitarra e design. Providenciando o Bacharelado em Psicologia ;-) "Não compartilho meus pensamentos por que penso que vou mudar a cabeça das pessoas que pensam diferente. Eu os compartilho para mostrar as pessoas que pensam igual a mim, que não estão sozinhas."

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