Pensamentos ansiosos: Aprendendo a lidar com as distorções cognitivas

Que tal aprender a testar a veracidade dos nossos pensamentos ansiosos? Nossa ansiedade geralmente é o resultado de sentirmos ameaças que não são reais. Quando estamos ansiosos nós superestimamos o perigo e subestimamos nossa capacidade de enfrentá-lo.





Nossos pensamentos ansiosos são extremos, inválidos, irreais, distorcidos. Devemos tentar monitorar sempre que possível nossos pensamentos ansiosos negativos. Geralmente fazemos previsões catastróficas, ou extremistas, tememos algo que muitas vezes nem chega perto de acontecer. Necessário se faz que comecemos a diferenciar pensamentos de fatos. Precisamos ter provas para saber se o que estamos pensando é real.
Que tal nos perguntar se estamos chegando a conclusões precipitadas sem informações suficientes? Vamos parar e nos questionar a probabilidade de acontecer o que estamos prevendo? Podemos nos perguntar: E se acontecesse, o que de pior poderia acontecer? E isso seria tão terrível assim? Será que se fosse um amigo nosso passando pela mesma situação nós imaginaríamos que pudesse acontecer com ele o mesmo que estamos prevendo para nós ou para ele daríamos uma orientação diferente? Muito provavelmente nossa interpretação seria diferente.
Busquemos então, interpretações alternativas para as situações. Questionemos nossas regras:





Estamos estabelecendo expectativas irreais para nós mesmos?

Pensemos em situações/eventos e pessoas que nos deixam ansiosos.

Agora vamos mudar essas imagens mentais e transforma-las em miniaturas. Devemos parar para avaliar nossos pensamentos e substituí-los por pensamentos mais adaptativos para que consequentemente nossos sentimentos e comportamentos se modifiquem.

Pessoas ansiosas tendem a esperar o pior e ficarem apreensivas com a simples ideia de fazer algo que possa gerar desconforto.

Podemos enumerar as maneiras pelas quais a ansiedade interfere em nossa vida.

O que a ansiedade nos impede de fazer e de que forma ela nos incomoda?

Façamos uma lista citando de que maneira a nossa vida será diferente quando não sentirmos mais medo intenso.

Que coisas poderemos fazer?

Aonde poderemos ir? Como nos sentiremos?
Vamos anotar nossos momentos de ansiedade durante uma ou duas semanas. Sugiro que façamos pelo menos uma anotação por dia.
As coisas/ eventos geralmente não são tão trágicas quanto pensamos. A pessoa ansiosa frequentemente acredita na grande probabilidade de lhe acontecerem coisas ruins. A ansiedade afeta corpo, comportamento e pensamentos. Como aprendemos na terapia cognitivo-comportamental, toda situação gera pensamentos, que geram sentimentos e estes geram comportamentos e reações fisiológicas. Qualquer alteração em um desses fatores interfere nos outros.
Nunca se esqueçam: O que importa não é a situação que vivemos e sim como a pensamos/enxergamos/interpretamos.

About the Author Aline Cataldi

Psicóloga Clínica e Escolar (PUC/RJ) - CRP: 05/29285 - Mestre em Saúde Mental (UFRJ)- Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)- Formação em Entrevista Motivacional- Conselheira em Dependência Química- www.alinecataldi.com.br

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