O tratamento psicoterapêutico em tempos atuais, se por um viés acadêmico goza da alcunha que lhe é peculiar e talvez merecida, por outro lado, embora não tão enobrecido, não carrega mais o preconceito dos tempos passados, mas ainda traz consigo a perspectiva mais forte de “tratamento”, no sentido mais simples da palavra – como um evento onde somente os acometidos de sintomas patológicos ou de “estranheza” comportamental aos olhos dos que os cercam, teriam essa necessidade ou indicação.
Imagine que você há muitos anos sente uma dor no dente e vem procrastinando a visita ao ortodontista. Possivelmente quando o visitar será para “arrancá-lo”, ou senão coisa pior o aguarde. Pense, não apenas pelo sintoma, mas também por ele, vislumbre na psicoterapia “A” alternativa antes da dor se instaurar, sobretudo considerando o tempo de vida que ainda nos resta e a contraproposta que seria passar esse tempo ainda com essa “dor de dente” e como teria sido se ela evitada fosse.
Entenda que a psicoterapia, sobretudo a análise, pode fazer hoje e sempre parte de sua vida, mesmo que você ainda não tenha sentido alguma “dor de dente”. Permita-se, o processo terapêutico será bem-sucedido a partir da sua participação espontânea e ativa. Entenda que os resultados da terapia serão sempre proporcionais à sua capacidade de permitir-se viver o processo. E quanto antes melhor! Esteja preparado e entregue-se à uma possibilidade de encontro com a sua essência, este é o caminho.
Alessander Pires Oliveira - Formação e vocação em Ciências da Computação, também apaixonado por psicanálise, tocar guitarra e design. Providenciando o Bacharelado em Psicologia ;-) "Não compartilho meus pensamentos por que penso que vou mudar a cabeça das pessoas que pensam diferente. Eu os compartilho para mostrar as pessoas que pensam igual a mim, que não estão sozinhas."