Conflito parental: Como fica a cabeça da criança disputada pelos pais?

É muito comum observar que alguns adultos ignoram a vida mental de uma criança, ou seja, acreditam verdadeiramente que ela não percebe o que acontece em seu entorno familiar.

A criança tudo vê e sente, apenas não pode compreender o que está ocorrendo ou nomear. E diante desse cenário, irá sentir medo, angústia e poderá ficar ansiosa, mais aflita, se sentir abandonada ou ameaçada de abandono, e muitas outras sensações que podem ser potencializadas a partir de um lar confuso e caótico, consequência da inabilidade parental para lidar com os conflitos.

Essa é a grande dificuldade da crianças, a incompetência psíquica devido ao ego incipiente, ou principiante. É uma das funções dos pais a tarefa de ajudar a decodificar e organizar dentro dela própria aquilo que ela colhe através de sua percepção, isto é, ajudá-la a compreender o que ela vê, o que ela sente, o que ela experimenta.

Ocorre que dotadas de inteligência, da percepção do clima emocional familiar, essas crianças captam a animosidade como pequenas esponjas. Isso quer dizer que as sensações, os sentimentos, as ideias ficam arquivados em seu mundo mental, e certamente em algum momento da vida poderão eclodir.

Os pais são os responsáveis pelo zelo e proteção e inspiram, ou deveriam inspirar, sentimentos de segurança plena e acolhimento. Por isso é difícil parra a criança conceber o porquê dos seus pais estarem divergindo a tal ponto de um deles ter o convívio restringido. A criança simplesmente não possui condição psíquica para essa compreensão. Ela fica mobilizada com a situação dos pais e dela própria, imobilizada emocionalmente e sem parâmetro quando seu duplo referencial – pai e mãe – falha nessa função parental.

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