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Nizo Neto relembra morte do filho por abuso de Ayahuasca: “Surtou”
Nizo Neto, de 58 anos, filho de Chico Anysio (1931-2012), relembrou nos últimos dias a morte de seu filho, Rian, de 26 anos, que foi a óbito após tomar várias doses de chá de Ayahuasca.
Rian morreu em 2016, ele foi encontrado sem vida na praia de Quissamã, no Rio de Janeiro. De acordo com Nizo Neto, o rapaz estava debilitado mentalmente, tentando superar um amor não correspondido. Com isso, tomou três ou mais doses de Ayahuasca e, segundo o pai, teve um surto psicótico.
Apesar das circunstâncias em que seu filho morreu, Nizo não é contra o uso medicinal da Ayahuasca. Pelo contrário, ele defende o uso, o que lhe rende uma série de críticas. Na entrevista em que compartilhou em suas redes, ele argumenta:
“Ele tava procurando uma forma espiritual de lidar com uma perda amorosa que ele teve e começou a tomar. Lá pela terceira ou quarta dose, ele pirou. Não queria mais comer. Dizia que se fosse comer estaria traindo a Deus”, relembrou o ator, em fala concedida ao ‘Bac Cast’
Com a alta dosagem, Rian começou a ter falas desconexas, deixando a família aflita.
“Eu dizia ‘mas, vem cá, que traição é essa?’. Ele vinha com uma conversa sem pé nem cabeça, com uma conversa que ninguém entendia, e vimos realmente que tinha uma coisa muito estranha acontecendo. Ele começou a emagrecer demais, um cara de 1,80m, pesando 50 quilos. Totalmente anoréxico e com a pele já acinzentada“, lembrou.
Com ajuda de parentes, Nizo Neto internou Rian em uma clínica psiquiátrica. Segundo o ator, neste estágio, o rapaz estava desnutrido, quase chegando a óbito. Em fuga do estabelecimento, o rapaz acabou encontrado sem vida na praia de Quissamã, no norte Fluminense.
O que é a Ayahuasca?
Ayahuasca, também conhecida como Santo Daime, é a combinação entre um cipó amazônico e a planta chacrona. Seu princípio ativo é a dimetiltriptamina, ou DMT, que causa alucinações.
Em 2010, uma resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas liberou o chá para fins religiosos. A única prescrição é que os grupos que o utilizarem devem manter um “rigoroso controle sobre o sistema de ingresso de novos adeptos”. Entretanto, a norma não detalha como deve ser feito o controle.
Como é liberado apenas para uso religioso, Ayahuasca não pode ser comercializada. A sua realização é punível nas medidas legais.
